Em sua página do Facebook, ex-governador disse que começava "cair a máscara daquele que representa o achaque em nosso País”
O ex-governador
do Ceará e ex-ministro da educação Cid Gomes comemorou em seu perfil
do Facebook a transferência
da investigação criminal contra o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB), da Suíça para o Brasil. O parlamentar é
acusado de corrupção e lavagem de dinheiro na operação Lava-Jato.
“Começa a cair a máscara daquele que representa, com toda
desenvoltura, o ACHAQUE em nosso País”, escreveu Cid na manhã desta
quinta-feira (1º). Ele também considerou o dia anterior, quando o
encaminhamento do processo foi divulgado, “uma data histórica para a
Política do Brasil”, ressaltando o “P” maiúsculo.
Com a transferência das informações, a Procuradoria-Geral da
República, em Brasília, poderá investigar Cunha e processá-lo. Segundo o Ministério
Público da Suíça, órgão que encaminhou o caso, há contas do peemedebista e
de familiares dele naquele país, onde as investigações começaram em abril deste
ano e os valores depositados foram bloqueados.
O irmão de Cid, Ivo Gomes, comentou em seu perfil no
Facebook sobre a acusação de Cunha. "Quando Romário foi acusado da mesma
coisa, pegou um avião e foi lá provar que era mentira. Vai lá Cunha!!",
disse o ex-secretário de Educação de Fortaleza, em alusão a falsa acusação de
que Romário também teria contas no exterior e viajou para provar o contrário.
Desentendimentos entre Cunha e os Gomes não são de agora
Os desentendimentos
entre Cid e Eduardo Cunha inciaram antes do início da atual legislatura.
Em entrevista ao Diário do Nordeste no dia 22 de dezembro do ano passado, o
ex-governador criticou o movimento para a eleição de Cunha para a
presidência da Câmara e já anteviu que ele criaria duras dificuldades para o
segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Em fevereiro deste ano o então
ministro da educação disse durante uma palestra na Universidade Federal
do Pará que a Câmara teria entre 300 e 400 deputados “achacadores”. Chamado ao
plenário da casa para esclarecer a questão, Cid não voltou atrás e isso lhe
custou o cargo e um processo por parte de Cunha, pelo qual Cid foi
condenado a pagar R$ 50 mil de indenização no mês passado.
Antes disso, numa entrevista
coletiva, o ex-ministro
repetiu o termo ao dizer que o passado do presidente da Câmara Federal é sujo e
que ele praticou achaque contra os governos Lula e Dilma. “Eu sempre achei que
por trás do que ele (Cunha) representa tem muita coisa errada. A boca miúda
sabe que a trajetória dele sempre esteve vinculada ao patrimonialismo, à
malversação, às práticas políticas que não são das mais nobres”, disse Cid
Gomes na ocasião.
Contudo, o ex-governador não é o
único Ferreira Gomes a ter desgastes com cunha. Em 2009, o então deputado
federal Ciro Gomes afirmou, durante uma palestra em Fortaleza sobre as
expectativas para o ano seguinte, que Eduardo Cunha era uma pessoa que “não
presta”. Ciro teria dito que o peemedebista era “trambiqueiro” e “uma espécie
de feiticeiro da aldeia”, ao citar o desempenho da função dele no PMDB. O
presidente da Câmara também abriu um processo, ainda em aberto, sobre este
episódio.
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