O presidente interino da Câmara dos Deputados,
Waldir Maranhão (PP-MA) decidiu anular a votação do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
No entanto, a revista Fórum destaca que a decisão da anulação não deve ser considerada um ato de patriotismo ou algo relacionado a uma jogada casada com o governo. A reportagem apurou que Eduardo Cunha pode estar por trás dessa decisão.
A decisão de Maranhão argumenta que “ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão”.
Porém, segundo a reportagem, não há nada de errado nem na fala de Maranhão e nem na sua decisão. Existem elementos que justificam o cancelamento da sessão, mas o fato é que a decisão tomada tem mais elementos políticos do que técnicos.
Na sexta-feira (6), Maranhão esteve com Cunha e esse tema teria sido discutido entre eles. O presidente afastado da Câmara teria dito que se sente abandonado pelos antigos aliados e percebeu que não conseguiria se livrar da prisão e nem influenciar em mais nada no Congresso caso Dilma viesse a ser afastada nesta quarta-feira (11).
Maranhão também reconheceu que se não tiver tempo para buscar uma base para garantir sua permanência na presidência da Casa também será varrido da cadeira que está em pouco tempo.
A reportagem explica que para Maranhão e Cunha o melhor é que o processo de Dilma se arraste por mais um tempo. Por isso, para garantir este tempo, Cunha não se opõe nem sequer a uma aproximação de Maranhão com o governo Dilma.
A expectativa é de que o Supremo deve ser chamado para tratar do processo e pode vir a se manifestar contra a decisão de Maranhão.
Enquanto isso, a equipe do vice-presidente Michel Temer busca formas de se reaproximar de Cunha.
A publicação recorda que Cunha teria dito neste final de semana que o governo Temer poderia acabar antes de começar.
Fonte: Notícias ao Minuto
0 comentários:
Postar um comentário